Queria se parecer um pouco com Lita Ree, que era bastante cool em sua opinião. Chegando perto do local em que a bola se encontrava Tablita se coolou.
- E ai, ansiosa para ver a esfera que te mostra as coisas?
- Não. Whatever. – Tablita estava forçando demais. Isso era o contrário de cool.
- Hum. Achei que você tivesse curiosa para ver a bolotinha que passa em sua superfície o que acontece no universo.
- Pode ser. Não sei. Qual é? – Mais uma tentativa frustrada.
- Qual é o que?
- Nada. Sei lá.
- Então vamos lá, ver a redondura que te traz em tempo real o que se passa a sua volta.
- É uma bola de cristal. Bo-la-de-cris-tal. Como é tão difícil de decorar um nome tão simples?
- É que não me apego a essas coisas, nomes, materiais, esferas, bolas e afins, whatever baby. – Lita sabia ser cool.
- Vamos lá, que estou doida para ver essa bola de cristal.
- Não tinha uma música da Xuxa que chamava bola de cristal?
- Era lua de cristal.
- Que me faz pensar?
- Sonhar. Mas é impossível existir uma lua de cristal.
- Você que pensa. Existem várias luas de cristal.
- E elas te fazem sonhar?
- Só quando você dorme.
- Hum.
***
Respondendo perfeitamente a todo o questionário, com a ajuda de um biólogo bem receptivo, Ricardo Soares finalmente conseguiu o segundo artefato e estava cada vez mais perto de sair do Japão Dois, em busca de Tablita.
- Wow murmeido. Nota 10? - O mago descuidado cozinheiro gostava do que via. Saber biologia, para ele, era uma coisa muito importante.
- Estava bem focado e feliz.
- Sei. - Ele não conseguia acreditar completamente na história de Ricardo.
- É verdade.
- Me conta a verdade, caritcha.
- Essa é a verdade. Eu sabia a maioria, chutei algumas e pronto.
- Então tá. Aceito sua nota 10. E te darei o artefato.
- Yes. Sabia baby.
- Tome. Esse é o garfo do guia total e inequivocado.
- Nossa, que nome malucoide.
- Esse artefato serve para te guiar facilmente para qualquer lugar que você quiser.
É só pensar no lugar que ele te guia.
- Nossa. Adorei esse artefato. Agora posso andar por ai mais facilmente.
- Isso mesmo. Agora vá, vá e ganhe o mundo.
- Irei-me, dondoco. – Ricardo Soares segue seu caminho, sem saber que estava sendo testado.
- É, está ai Lorde Kitchenbabe. Esse é o nosso salvador. O modo como ele utilizou-se do artefato de Vladmir para passar no meu teste foi incrível.
***
E era linda. Não, mais que linda. Supermaravilinda. A bola de cristal. Tablita fingiu que não achou nada de mais, mas gostou. E muito. Lita Ree não se surpreendeu com a bola de cristal, porque já a tinha visto desde criança, pois a bola de cristal era um pertence de sua querida mãe Louis Ree.
- Mãe. Precisamos de um favor. - Lita não gostava muito de visitar sua mãe.
- O que foi, minha querida?
- É... Temos que achar...
- Olhe! - Interrompeu a mãe de Lita Ree. - Que menina linda que estou vendo aqui! Qual seu nome, bebê?
- Meu nome é Tablita. - A garota parecia um pouco desconcertada com a desenvoltura da mulher.
- Que lindinha.
- Obrigada.
- Mãe? Posso falar? - Lita percebia que Tablita estava desconfortável.
- Claro filhotinha. Mas eu tinha que me apresentar à sua namoradinha primeiro.
- Ela não é minha namorada, mãe. Eu sou hetero. - Lita também estava desconfortável.
- Mas eu nunca te vejo com homens.
- Você nunca me vê com homens porque eu não fico saindo por ai com homens toda hora.
- E você, minha querida? É homo ou hetero?
- Hetero, e tenho um amado.
- Hum. Tá vendo, Lita? Ela tem alguém. Diferente de você.
- Ai mãe, me deixa.
- Não sei por que você tem que ser assim. Eu só quero te ajudar.
- Se você quiser me ajudar, encontre o amado de Tablita com sua bolota que pode te mostrar as coisas que não pertencem ao passado nem presente, somente ao futuro.
- Nossa, você exagerou agora, heim Lita?
- É mesmo Tabs. Até eu fiquei assustada.
- Ah, é isso que vocês querem? É impossível.
- Porque, senhora Louis?
- Porque eu prometi aos magos descuidados cozinheiros que nunca mais a utilizaria.
- Ah, por causa da loteria?
- É.
- Mamãe usou a esfera que te mostra as coisas para ver o resultado de todas as loterias do mundo e ganhou 100 trilhões em 1 dia.
- Nossa.
- Mas os magos idiotas acharam que era contra as regras e não me deixaram usar mais a redondura.
- Eu ainda acho que eles estão certos.
- E não tem jeito de achar meu amado?
- Tem sim. É só pedir para os próprios magos a permissão para utilizar a esfera que te dá a oportunidade de ver as coisas.
- Isso quer dizer que temos que viajar até o Japão dois.
- Nossa.
- Não fique com medo gata. Lá é bonito.
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